Przewalski, os cavalos verdadeiramente selvagens



Os cavalos-de-Przewalski são parentes ancestrais, e selvagens, dos cavalos domesticados. No entanto, a ligação entre os dois é muito mais antiga do que se pensava. As duas subespécies começaram em caminhos evolucionários diferentes há 45.000 anos, de acordo com um estudo publicado no Current Biology.

Os cavalos-de-Przewalski diferem dos cavalos domesticados em muitos aspectos biológicos, incluindo no facto de aqueles terem um número diferente de cromossomas. Ainda assim, são considerados da mesma espécie, uma vez que se podem reproduzir, com sucesso, com equinos domesticados – algo que vários especialistas discordam há várias décadas.

Neste estudo, os investigadores examinaram os genomas de 11 cavalos selvagens – indivíduos vivos e espécimes que há mais de 100 anos se encontram em museu. Depois, eles compararam o seu DNA ao de 28 cavalos domesticados: os primeiros terão sido domesticados há 5.000 anos, de acordo com descobertas fósseis. Então, os cientistas encontraram diferenças genéticas no metabolismo, desordens cardíacas, contracções dos músculos, reprodução e caminhos neurológicos.

A observação de Prezewalski vivos também demonstra as grandes diferenças na aparência e comportamento, uma vez que os cavalos selvagens são bastante agressivos e nunca se conseguiu domesticá-los.

Por outro lado, existe hoje apenas 2.000 cavalos-de-Przewalski na Terra. Eles foram inicialmente no final do século XIX, na Mongólia, pelo explorador russo Przhevalsky. Nos anos seguintes, vários cavalos selvagens foram levados para cativeiro, onde não se deram bem: muitos não sobreviveram à viagem até à civilização, outros morreram em zoológicos ou na guerra. Os que ficaram acabaram por se extinguir devido à degradação do habitat e caça.

O último avistamento de um cavalo-de-przewalski em estado selvagem ocorreu em 1969, no Deserto do Gobi, na Mongólia. Esta espécie de cavalo selvagem tem sofrido para conseguir recuperar, mas o esforço tem valido a pena. Actualmente, existem mais de 400 exemplares em estado selvagem e mais de 1.500 em cativeiro. Os programas de reintrodução levados a cabo pela China, Mongólia e Cazaquistão tem sido frutíferos, mas a diversidade genética e a endogamia permanecem um problema sério.





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