Reciclar no arranque da Volta a Espanha
A “La Vuelta”, uma das mais prestigiadas corridas de ciclismo do mundo, parte este ano de Lisboa e contará, novamente, com uma iniciativa de sensibilização ambiental no arranque oficial. No início da primeira etapa, marcada para as 16h23 junto ao Mosteiro dos Jerónimos, na Praça do Império, serão depositadas lâmpadas, pilhas e baterias usadas num Ponto Electrão, foi divulgado em comunicado.
Segundo a mesma fonte, este ato “pretende alertar para a importância da correta separação e encaminhamento para reciclagem destes resíduos e é um exemplo do compromisso, tanto da organização da corrida, como dos ciclista e todas as entidades envolvidas, na proteção do ambiente e do planeta”.
A iniciativa é levada a cabo pela Ambilamp e a Ecopilas, patrocinadores oficiais da “La Vuelta” que este ano, com a corrida a começar em Portugal, desafiaram o Electrão a associar-se a este gesto. O objetivo é aumentar a consciência pública para a importância da reciclagem destes resíduos, bem como alertar para os perigos que estes representam quando descartados incorretamente.
A Ambilamp é uma das entidades, em Espanha, responsável pela separação e encaminhamento para reciclagem de lâmpadas, e patrocina pelo 14º ano consecutivo “La Vuelta”, com ações de sensibilização ambiental ao longo de todas as etapas.
Em 2023, a AMBILAMP recolheu 2161 toneladas de resíduos de lâmpadas e 4778 toneladas de resíduos de luminárias para reciclagem. No total, a Associação recolheu e tratou 14465 toneladas de resíduos no último ano, em Espanha.
Da mesma forma, a ECOPILAS é responsável pela recolha de pilhas e baterias no país vizinho, e conta já com um histórico de 14 anos de apoio à corrida. Desde o início da sua atividade a Ecopilas recolheu cerca de 58 mil toneladas de pilhas e baterias.
Em 2023, a ECOPILAS recolheu e tratou 9226 toneladas de pilhas e baterias, através da rede de recolha mais extensa do país, com mais de 49 mil pontos distribuídos por toda a Espanha.
“A missão de reciclar estes resíduos e reduzir assim o impacte ambiental associado ao seu fim de vida é transversal às três entidades, e com esta iniciativa, Ambilamp, Ecopilas e Electrão unem esforços para amplificar a mensagem de separar para reciclar, fazendo-a chegar ao vasto público que assiste anualmente a este grandioso evento desportivo”, refere Pedro Nazareth, CEO do Electrão. “Esta é uma oportunidade única, de em conjunto com entidades homólogas do Electrão, relembrar que está na mão de cada um promover a mudança, e que todos os pequenos gestos, como colocar uma lâmpada ou uma bateria no Ponto Electrão, contribuem para um futuro mais sustentável.”
“Todas as ações desenvolvidas pela AMBILAMP na ‘La Vuelta’ demonstram o compromisso com a reciclagem de lâmpadas, tanto dos ciclistas como das autoridades. Nesta 79ª edição, todos os envolvidos destacarão, mais uma vez, como um pequeno gesto de reciclagem pode contribuir para a preservação do ambiente e do nosso planeta”, afirma David Horcajada, diretor de marketing da AMBILAMP.
“Dada a popularidade desta corrida de ciclismo, que conta com milhões de espectadores e seguidores todos os anos, a expectativa que gera nas localidades por onde passa e os valores de respeito pelo ambiente que promove, acreditamos que a participação da Ecopilas na ‘La Vuelta’ é uma excelente oportunidade para ampliar a prática da reciclagem de pilhas e baterias”, diz José Pérez, presidente da ECOPILAS.
A responsabilidade e missão das três entidades decorre da legislação europeia, que estabelece que cada Estado Membro deve assegurar o estabelecimento de sistemas de responsabilidade alargada do produtor, que funcionem como veículos para o cumprimento das metas europeias de reciclagem destes resíduos.
Os equipamentos elétricos, onde se incluem as lâmpadas, bem como as baterias, contêm substâncias altamente nocivas, que poluem o solo e a água, mas contêm igualmente materiais que podem ser reciclados. Quando são colocadas no lixo indiferenciado, sem o correcto tratamento e reciclagem, não só se geram impactos muito negativos para a saúde pública e ambiente, como também se desperdiçam materiais que poderiam ser reutilizados na produção de novas pilhas e baterias.