Em 2016 a área ardida foi três vezes superior à dos últimos dez anos



Um relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (INCF) refere que a área que este ano ardeu – até 15 de Agosto – é três vezes superior ao histórico dos últimos dez anos, correspondendo a 103.137 hectares. Apesar de terem existido menos 22% de ocorrências relativamente à média da última década, verificou-se o triplo de da área consumida pelas chamas.

Difundido pelo Departamento de Gestão de Áreas Públicas e de Protecção Florestal, o documento revela que o ano de 2016 teve “o valor mais elevado de área ardida”, comparado com os registados na última década. As estatísticas revelam para o período compreendido entre 1 de Janeiro e 15 de Agosto de 2016, um total de 8.624 ocorrências (1.520 incêndios florestais e 7.104 fogachos) que resultaram em 103.137 hectares de área ardida, entre povoamentos e matos.

A análise distrital efectuada pelo departamento do ICNF indica o distrito de Aveiro como o mais afectado com 41.569 hectares de área ardida, ou seja, cerca de 40% da sua área total. Viana do Castelo foi o segundo distrito mais consumido pelos incêndios, com 23.197 hectares, o que corresponde a 23% do total.

“A área ardida entre 1 e 15 de agosto contabiliza 95.357 hectares de espaços florestais, quase 93% da área total ardida em Portugal continental até essa data”, informa o relatório. O documento refere também que até 15 de Agosto de 2016 registaram-se 86 incêndios enquadrados na categoria de “grandes incêndios” – os que atingem pelos menos 100 hectares ­– que queimaram 92.966 hectares de floresta, cerca de 90% do total da área ardida” até à referida data.





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