Organizações ambientais constituem rede para criar miniflorestas em todo o país



Várias organizações ambientais que já mapearam 30 miniflorestas em várias regiões do país, lançam hoje a Rede de Miniflorestas de Portugal que pretende aumentar a resiliência das cidades aos efeitos das alterações climáticas e promover a biodiversidade urbana.

Segundo um comunicado da Rede de Miniflorestas de Portugal, que é hoje lançada oficialmente no âmbito do Dia Mundial das Cidades que se assinala na quinta-feira, a nova rede é constituída por seis organizações dedicadas à regeneração ambiental e urbana, através da plantação de miniflorestas Miyawaki, apenas com espécies autóctones.

“As miniflorestas, baseadas no método japonês Miyawaki, são florestas nativas densas que se desenvolvem rapidamente e proporcionam benefícios como a melhoria da qualidade do ar, a captura de carbono, a redução do calor urbano, a regulação hídrica e a criação de habitats naturais para a fauna e flora locais”, explica, na nota, a nova Rede de Miniflorestas de Portugal.

A iniciativa é “dirigida às comunidades urbanas e rurais, instituições de ensino e entidades do governo local, que têm como objetivo transformar os seus espaços verdes e melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos”, refere a Rede, salientando que “nestes projetos a participação ativa da comunidade é incentivada, de forma a criar um impacto social e ambiental duradouro”.

“Ao transformar espaços urbanos degradados em ecossistemas autossustentáveis, a iniciativa procura envolver as comunidades locais, promover o bem-estar e o sentido de pertença”, lê-se na nota da Rede de Miniflorestas de Portugal, constituída pelas organizações ambientais Biggest Mini Forest, Floresta Nativa/Nativawaky, Forest Impact, Ilhas de Biodiversidade, 2adapt e URBEM.

A fundadora da Floresta Nativa/Nativawak, Sónia Soares, citada no comunicado da Rede de Miniflorestas de Portugal, afirma que o trabalho das organizações ambientais já teve grande impacto local e defende que, em conjunto e a trabalhar no âmbito desta nova rede, têm “dimensão para agir a nível nacional”.

“Acredito que este é o caminho para garantir o futuro saudável das nossas crianças, até porque planeta Terra só há um”, salienta a fundadora da Floresta Nativa/Nativawak.

“Ao agirmos juntos, estamos a fortalecer toda a rede e a criar oportunidades de restaurar a natureza. Faz muito sentido esta cooperação para obtermos uma visão mais ampla”, corrobora, Vítor Gordo, fundador das Ilhas da Biodiversidade, também citado na nota.

Para a nova Rede de Miniflorestas de Portugal, a parceria estabelecida entre as seis organizações ambientais “visa dar visibilidade às miniflorestas já plantadas e explorar colaborações futuras entre os membros, expandindo assim estas ações a todo o território português”.

“Com este esforço conjunto, pretende-se aumentar o conhecimento, potenciar os resultados das novas miniflorestas e apelar à ação para que empresas, escolas e o poder local colaborem e contribuam para uma maior sustentabilidade ambiental em Portugal”, é salientado.





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