Em busca das galáxias mais jovens



Neste momento, os astrónomos já conseguem captar e estudar a luz emitida por galáxias há mais de 12 mil milhões de anos – nos primórdios do Universo. E, apesar de serem tão jovens, os investigadores ficaram surpreendidos com a sua maturidade. Um desses exemplos que causaram espanto é que foram encontrados, no espaço interestelar destas galáxias remotas, elementos químicos mais pesados, como o carbono ou o magnésio.

O conhecimento sobre a origem das galáxias dará um salto qualitativo num futuro próximo – graças a uma nova geração de equipamentos e levantamentos. O EMU – Mapa da Evolução do Universo vai recorrer a um novo telescópio, o australiano ASKAP, que irá recolher uma imensa quantidade de dados novos e mais precisos. E que é um dos precursores do Square Kilometre Array, o futuro maior rádio-telescópio do mundo, capaz de captar ondas de rádio numa vasta gama de frequências. E nestes projetos internacionais estão presentes cientistas portugueses do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

José Afonso está, juntamente com uma equipa nacional, particularmente envolvido numa outra grande iniciativa internacional – o MOONS, onde é um dos co-investigadores principais. O MOONS é um espectrógrafo que vai funcionar no ótico e no infravermelho. Será acoplado ao Very Large Telescope (VLT), instalado no Deserto chileno de Atacama, e que irá permitir aos astrónomos estudar, com uma precisão única, a formação e a evolução das galáxias.

Os investigadores portugueses lideram, entre outras componentes, o corretor de campo do MOONS, que foi desenhado e será montado por uma equipa do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

Por Paulo Caetano

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