Poderá Nova Iorque ser a nova Veneza?



Durante a tempestade Sandy, o rio Hudson, de Nova Iorque, subiu quatro metros, gerando imagens impactantes – que não sairão tão cedo da cabeça de milhões de pessoas – e um novo problema para os governantes da Grande Maçã: estaremos perante uma visão do futuro?

O resultado desta subida no nível das águas foi a inundação dos transportes públicos, ruas alagadas, algumas mortes e biliões de prejuízos.

Agora, um estudo do Climate Center, instituto especializado em alterações climáticas, avisa que há 20% de probabilidades que, em 2100, os cidadãos de Nova Iorque estacionem gôndolas – e não automóveis e bicicletas – em Wall Street, por exemplo.

A Climate Center criou até um mapa online onde é possível verificar a projecção da elevação do nível do mar até ao final do século, caso o aquecimento global se confirme. Com uma elevação de até dois metros do nível das águas prevista para 2100, toda a parte baixa de Nova Iorque irá submergir.

“Ao longo dos últimos 100 anos, a região da parte baixa de Manhattan – Lower Manhattan – já sentiu aumentos de 10 centímetros nas águas do mar”, escreveram Cynthia Rosenzweig, cientista da NASA, e William Solecki, director do Instituto de Sustentabilidade da Universidade de Nova Iorque. Ou seja, estamos a falar de uma ameaça antiga e muito real.

Há algumas formas de diminuir as hipóteses desta situação – construindo uma barreira no mar, como as paredes artificiais que protegem Londres das enchentes, ou as comportas que impendem a Holanda de desaparecer sob as águas – mas todas elas muito dispendiosas.

Segundo o investigador da Universidade de Amesterdão, Jeron Aert, estas soluções custariam entre €7,8 mil milhões (R$ 20,6 mil milhões) e €13,3 mil milhões (R$ 35,1 mil milhões).





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