Portugal: Animais mortos correm risco de deixarem de ser recolhidos



Mais de mil cadáveres de animais – bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equídeos – correm o risco de deixarem de ser recolhidos, todos os dias, das explorações agrícolas. Isto, caso se confirmem as intenções do consórcio que presta este serviço ao Estado, constituído pela ITS, empresa do grupo Semapa, e a Luís Leal e Filhos. O consórcio alega falta de pagamento.

Segundo o Jornal de Negócios, o futuro do Sirca – Sistema de Recolha de Cadáveres de animais mortos estará mesmo em perigo.

De acordo com o consórcio, o Estado ainda não terá pago os meses de Abril, Junho e Julho de um contrato iniciado a 1 de Julho de 2009 e que terminou a 30 de Julho último, num total de 2,9 milhões de euros.

Paralelamente, a empresa continua a fazer o mesmo trabalho desde 1 de Julho – e até à presente data – sem qualquer tipo de enquadramento jurídico. Ou seja, não foi realizado nenhum concurso.

Ouvidos pelo Jornal de Negócios, responsáveis pelo sector consideram “impensável” parar com a recolha. “É absolutamente impensável. Trata-se da salvaguarda da segurança alimentar, da saúde pública e da protecção do ambiente”, explicou o presidente da Associação Nacional dos Engordadores de Bovinos, Jerónimo Pinto.

“É completamente impensável parar com a recolha. Isso bloquearia completamente o sector de animais vivos”, explicou, por sua vez, José Oliveira, presidente da Leicar – Associação de Produtores de Leite e Carne.

O consórcio admite suspender toda a operação de recolha de cadáveres de animais no dia 26 de Setembro, próxima segunda-feira. A empresa recolhe mais de mil cadáveres por dia, utilizando para isso 100 viaturas. O Sirca foi criado em 2003.





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