Este asfalto pode arrefecer cidades e mitigar as alterações climáticas



Grandes volumes de betão incorporados em grandes blocos de edifícios prendem o calor gerado pelo sol. E o tráfego pesado nas estradas adiciona ainda mais calor. Este fenómeno é conhecido como ilha de calor urbano, uma preocupação crescente à medida que as temperaturas do ar continuam a aumentar, o que pode tornar a vida muito menos agradável nas cidades durante os meses mais quentes.

A solução que visa mitigar este efeito passa pela substituição dos pavimentos tradicionais por “pavimentos frios” ou “asfalto fresco”. Os benefícios podem ser consideráveis, revelou uma equipa de especialistas do Centro de Sustentabilidade de Betão (CSHub) do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Este tipo de cobertura reflete a radiação solar, arrefecendo assim o seu ambiente em qualquer lugar entre 1,7 e 2,1 graus celsius, com base em medições realizadas em Boston e Phoenix, onde já foram feitas experiências.

A tecnologia aproveita um fenómeno conhecido como albedo em que as superfícies mais escuras ficam mais quentes ao sol do que as mais claras. Os materiais de pavimentação geralmente utilizados, como o asfalto, têm um albedo baixo, o que significa que absorvem mais radiação e emitem mais calor. Pavimentos frescos, por outro lado, são construídos com materiais mais brilhantes que refletem mais de três vezes mais radiação e emitem muito menos calor no processo.

Através da sua análise nas duas cidades dos EUA, os cientistas do MIT concluíram o seguinte: se aplicados numa escala suficientemente grande, os pavimentos frescos podem levar a benefícios consideráveis cobrem até 40% das cidades dos Estados Unidos, enquanto o asfalto convencional representa mais de 95% do material utilizado em pavimentos em todo o mundo.

 





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