Seixal mantém tarifas da água e aumenta resíduos urbanos
A Câmara Municipal do Seixal vai manter este ano as tarifas relativas ao abastecimento de água e ao saneamento de águas residuais praticadas em 2022, enquanto as dos resíduos sólidos sofrem um aumento.
A decisão foi tomada na reunião de câmara realizada na quarta-feira, com os votos a favor dos cinco vereadores da CDU e do vereador independente (ex-Chega), a abstenção do vereador do PSD e os votos contra dos quatro vereadores do PS.
Na apresentação da medida, o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva (CDU), explicou que o município decidiu apenas aplicar a taxa de inflação de 04% prevista no Orçamento do Estado quer para o abastecimento de água, quer para o saneamento de águas residuais.
De acordo com um comunicado da autarquia do distrito de Setúbal, esta medida permite manter o preço da água no concelho do Seixal como um dos mais baixos da Área Metropolitana de Lisboa.
Já no que respeita aos resíduos sólidos urbanos, o município aprovou uma atualização de 5,1% que, segundo o presidente da autarquia, deriva de aumentos “substanciais na deposição dos resíduos sólidos urbanos em aterro”.
“A autarquia tem procurado adotar uma política de manutenção de preços e tarifas reduzidos, nos serviços públicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais e resíduos, de modo a contrariar a tendência de empobrecimento da população, valorizando o serviço público e contrapondo o aumento dos preços da gestão privada da Amarsul, que se refletem na fatura dos munícipes”, refere Paulo Silva, citado no comunicado.
O executivo aprovou também o preçário para 2023, com a respetiva atualização de preços, relativo ao usufruto de diversos serviços municipais, assim como a atualização dos valores constantes da tabela de taxas anexa ao Regulamento de Taxas do Município do Seixal, de acordo com a taxa de inflação prevista para este ano.
A Amarsul é responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos dos nove municípios da Península de Setúbal (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal).
Em julho de 2015, a empresa foi privatizada e passou a integrar o grupo Mota Engil (que detém 51%), tendo ainda os municípios como acionistas.
A Assembleia Municipal do Seixal rejeitou na semana passada a proposta de orçamento municipal, o que, segundo a autarquia, obriga a uma gestão limitada. A liderança mostrou-se disponível para uma “plataforma de entendimento” que permita a aprovação do documento.