Cabo submarino vai ligar telecomunicações de Brasil e Angola



Um cabo de comunicação submarino de cerca de 6 mil quilómetros vai ligar Fortaleza, no Brasil, à capital de Angola, Luanda. A iniciativa das estatais Telebras e Angola Cables vai reduzir os custos de conexão de telecomunicações entre a África e América Latina, para facilitar a aproximação económica e os laços culturais.

Além de uma melhoria da performance das conexões, a previsão da Telebras é de uma redução de cerca de 80% dos custos de saída de internet do Brasil e dos demais países da América do Sul para a Ásia e a África. Com a infraestrutura, que deverá estar lançada até o primeiro semestre de 2014, o tráfego entre os continentes já não terá de passar pela Europa e Estados Unidos, como acontece hoje.

Citado pelo boletim do secretaria da Comunicação Social da presidência da república brasileira, o vice-ministro para as Telecomunicações de Angola, Aristides Safeca, destacou que o cabo submarino está entre os principais projectos desenvolvidos conjuntamente pelos dois países. “Não é apenas uma importância estratégica, mas também um interesse muito profundo de seus povos, que já são unidos pela língua, pela história comum”, afirma.

Os estudos para o lançamento do primeiro cabo submarino que ligará os dois continentes começaram em Novembro de 2011. “Vamos ter a possibilidade de fazer um reforço na cooperação científica, na produção cultural, audiovisual, reforçar todo um laço comercial com Angola”, explicou, por sua vez, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo a Telebras, o edital deverá ser lançado até Junho e um estudo elaborado por uma consultoria internacional demonstrou a viabilidade económica do projecto. “É uma parceria estratégica entre as empresas, viabilizando um balanceamento de tráfego internacional”, explicou o presidente da Telebras, Caio Bonilha.

Paralelamente, uma comissão de avaliação do governo de Angola deu sinal verde para a adopção do padrão nipo-brasileiro de TV digital, após testar por cerca de dois anos o padrão ISDB-T. “Falta apenas a decisão política, mas o facto de termos a mesma língua facilita o acordo com o Brasil, inclusive para produção de conteúdos”, afirmou o vice-ministro de Angola.





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