Como estar em frente à televisão pode aumentar o risco de sofrer de diabetes



Passar horas em frente à televisão pode aumentar o risco de desenvolver diabetes. Investigadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, calcularam que por cada hora que passamos sentados o risco de sofrer de diabete aumenta em 3,4%. A descoberta foi publicada na semana passada no Diabetologia.

Para chegar a esta conclusão, a equipa de investigadores baseou-se nos resultados do Programa de Prevenção de Diabetes (DPP, na sigla em inglês), um estudo americano realizado a 3.234 adultos com excesso de peso, que apresentavam um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Durante o programa, os participantes foram divididos em três grupos com diferentes abordagens de prevenção: o primeiro recebeu um placebo, o segundo foi tratado com metformina (um medicamento para diabetes) e o terceiro passou por uma mudança no estilo de vida, que consistia em realizar uma hora e meia de actividade física moderada durante a semana.

No início do programa, explicou o agregador O Meu Bem Estar, os participantes foram questionados sobre o tempo médio que passavam diariamente a ver televisão. A média, em todos os grupos, foi de duas horas e meia. Quando, depois de três anos, a pergunta foi repetida, aqueles que passaram pela mudança no estilo de vida foram os que mais reduziram o tempo gasto em frente à televisão – uma redução de 37 minutos, contra apenas 6 minutos no grupo da metformina e 9 minutos no do placebo. O risco de desenvolver diabetes neste grupo também caiu 58%, o menor de todos.

A partir destes dados, os pesquisadores investigaram o impacto do sedentarismo (tempo que passamos sentados) no risco de diabetes e descobriram que o risco de desenvolver a doença aumenta 3,4% por cada hora passada em frente à televisão, independentemente da idade, sexo ou tempo gasto com actividade física.

“Estes resultados são importantes, pois mostram que houve uma redução no tempo que as pessoas passam a ver televisão, mesmo que essa não fosse uma meta do programa. Talvez, se adicionarmos isso como uma meta das mudanças no estilo de vida, os resultados e benefícios para a saúde podem ser ainda melhores”, explicou Andrea Kriska, professora do departamento de epidemiologia da Universidade de Pittsburg e uma das autoras do estudo, citada pela Veja.

Os pesquisadores afirmam ainda que diminuir o tempo que passamos sentados não substitui os benefícios da actividade física. Por isso, o mais importante é mudar os hábitos sedentários.

Foto: Bruno Melnic Incáo / Creative Commons





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