EUA: cultivo de 100 milhões de rosas para o Dia de São Valentim produziu 9.000 toneladas de CO2



O poema tradicional inglês diz que as rosas são vermelhas. Hoje sabe-se que é possível cultivar a flor em outras tonalidades mais bizarras mas, definitivamente, não em verde, segundo uma investigação publicada na Scientific American.

No passado sábado, Dia de São Valentim, milhares de apaixonados trocaram rosas, mas num futuro próximo é recomendável reconsiderar a troca desta flor, já que o impacto ambiental do seu cultivo consegue ser superior ao de muitas outras plantações. Por altura da data são cultivadas cerca de 100 milhões de rosas vermelhas destinadas ao mercado norte-americano, cuja produção é responsável pela emissão de 9.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2).

De acordo com a Scientific American, as rosas são cultivadas em climas mais quentes: na América do Sul para serem vendidas nos Estados Unidos e em África para serem comercializadas no mercado europeu. Depois de cultivadas têm de viajar de avião ou camiões, de preferência em arcas climatizadoras.

Um estudo de 2007 da Universidade de Cranfield, em Inglaterra, dava conta de que as 12.000 rosas cultivadas no Quénia nesse ano para o Dia de São Valentim tinham resultado em 6.000 quilogramas de CO2 e um número equivalente cultivado numa estufa nos Países Baixos resultou em 35.000 quilos de CO2, escreve o Inhabitat.

Mas estes valores são apenas relativos aos custos de cultivo e transporte – adicionalmente é necessário ter em conta a água para irrigação das flores, os pesticidas utilizados para as tornar o mais belas possível e os combustíveis fósseis necessários para o respectivo transporte. Adicionalmente, para que estas flores possam ser cultivadas é necessário criar espaços apropriados, o que é sinónimo de destruição de florestas nativas e pântanos.

Perante esta realidade ambiental é sensato ponderar futuramente a oferta de rosas vermelhas à sua cara-metade.

Foto: aksioma_13 / Creative Commons





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...