Intervenção de Troiaresort no ambiente é “exemplo francamente positivo”



A intervenção que o empreendimento turístico da Sonae Turismo realizou em Tróia é um “exemplo francamente positivo” para o responsável pela monitorização ambiental daquela península. Antes da construção do Troiaresort, aquele território estava “degrado e abandonado”, não era, ao contrário do que se quis fazer acreditar, uma zona selvagem.

Na área, foi demolida uma enorme quantidade de construção e agora as zonas recuperaram ou estão a recuperar, pelo que a ideia de que o Troiaresort iria ser nocivo para o ecossistema é “claramente forçada”, defende Francisco Andrade, em declarações à agência Lusa. Apesar de “ter uma base natural”, é “um território construído pelo homem, desde há muito tempo”, argumentou o responsável do Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto do Mar, enumerando os exemplos das ruínas romanas, vestígios de construções efectuadas há dois mil anos na parte mais alta de Tróia.

A opção política, tomada no final dos anos 90 do século passado, de recuperar a península como zona de turismo, permitiu desenvolver um projecto que “está no topo daquilo que se sabe fazer” em termos de gestão ambiental., afirmou o especialista, à margem da apresentação das conclusões do programa de monitorização ambiental da marina e do novo cais de ferries do Troiaresort. A notícia é da agência Lusa, citada pelo diário online Região Sul.

Os efeitos do empreendimento ficaram mesmo aquém dos níveis previstos no estudo de impacto ambiental, acrescentou ainda Francisco Andrade, que monitoriza diversos parâmetros no território, como a qualidade das águas, a dinâmica costeira e a taxa de assoreamento, além do comportamento das espécies animais e vegetais do ecossistema, especialmente populações de roazes e morcegos-rabudos.





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