Moçambique precisa de sete radares meteorológicos



O ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique disse ontem que o país precisa de sete radares meteorológicos para melhorar a capacidade de previsão de tempo, assinalando que o território está exposto ao impacto das mudanças climáticas extremas.

“O país precisa de sete radares, mas só tem um [e] já mobilizou recursos para a aquisição de mais dois”, afirmou Mateus Magala, durante a apresentação de um relatório sobre o clima no país.

Trata-se de equipamento de previsão de tempo de grande alcance – 400 quilómetros de raio e 800 quilómetros de diâmetro -, declarou Magala.

Aquele governante observou que Moçambique é um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas e não tem escapado ao aumento de temperatura que se regista nos últimos tempos no mundo.

Em 2023, prosseguiu, o país registou uma subida da temperatura média anual de 0,7 graus célsius, acima da média anual verificada no período entre 1980 e 2022, acompanhando um incremento em todo o planeta.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.

Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.





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