Teste de sangue consegue prever doença de Alzheimer
Um simples teste de sangue vai permitir prever, com um avanço de três anos, a doença de Alzheimer. O método de teste foi desenvolvido pela Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, e é o primeiro a conseguir prever, com precisão, quem vai ser afectado pela doença.
A investigação foi conduzida por Howard Federoff, que recolheu cenas de amostras de sangue de várias pessoas saudáveis com mais de 70 anos. Durante os cinco anos seguintes, alguns ficaram com Alzheimer. O investigador comparou, então, as amostras de sangue dos que desenvolveram a doença com as amostras dos que permaneceram saudáveis.
Os resultados apontaram para cerca de dez tipos de gordura que estavam presentes em pequenas quantidades no sangue dos que vieram a desenvolver a doença, apesar de aparentarem ser saudáveis na altura em que as amostras de sangue foram recolhidas. Os resultados foram testados num segundo grupo de pacientes e os resultados foram idênticos, refere o Daily Mail.
De acordo com o investigador, o teste permite diagnosticar com um avanço entre dois a três anos a doença e o método possui uma precisão de 90%. Espera-se ainda que o novo teste ajude na investigação e desenvolvimento de novos medicamentos que possam retardar ou mesmo prevenir o Alzheimer.
O novo método de detecção é um passo em frente na investigação desta doença neurológica. Porém, a comunidade científica indica que a metodologia de detecção precoce pode levantar questões éticas, particularmente se o produto for lançado no mercado e ainda não houver cura para a doença.
Em Portugal, a doença de Alzheimer afecta cerca de 90 mil pessoas e o número deverá duplicar nos próximos 30 anos. No total, são 153 mil as pessoas com demência.
Foto: neil conway / Creative Commons