União Europeia: política de devolução do peixe ao mar pode chegar ao fim



Uma das mais espinhosas questões ambientais europeias tem os dias contados: a prática de atirar a cada ano milhões de peixes saudáveis ​​de volta ao mar, depois de terem sido capturados, devido à forma como as quotas da UE são geridas.

Para os opositores da proibição – incluindo Portugal, Espanha e os interessados pela pesca numa escala industrial – a última semana foi mais um passo atrás – no seu ponto de vista – para poderem inviabilizar as propostas que levariam ao maior abalo da política comum das pescas da UE desde que foi criada há 40 anos.

Os ministros de todos os estados membros estão a entrar na fase final de mais de dois anos de cansativas negociações, sendo que os activistas advertem que o resultado ainda está em aberto.

Os países que apoiam esta prática fazem-no porque ela permite às suas grandes frotas de pesca maximizar os lucros. Os pescadores descartam partes significativas das suas capturas quando apreendem espécies para as quais não têm quota – garantindo assim mais espaço para aquelas que lhes interessam – ou quando já a ultrapassaram e acabam por deitar fora os espécimes menores. O mesmo acontece para as espécies de menor valor comercial, com menos procura, que são assim desperdiçadas, avança o The Guardian.

Todas estas medidas permitem aos pescadores levar para terra apenas a parte mais valiosa da captura, deitando o resto fora – embora os peixes sejam saudáveis ​​e comestíveis. Uma reforma desta prática de verdadeiro desperdício obrigaria os pescadores a ficarem com toda a pescaria, fosse ela qual fosse.

Foto: Sob licença Creative Commons





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...