Zelândia, um enorme continente submerso no Pacífico



O continente perdido Zelândia/Te Riu-a-Māu fazia parte da mesma massa terrestre da Antártica e da Austrália. Uma investigação publicada no The Geological Society of America veio trazer novidades sobre este continente subaquático.  O estudo dedicado a essa área, com cerca de 5 milhões de quilómetros quadrados, determinou que não se trata apenas de um grupo de ilhas e fragmentos continentais, mas de uma crosta continental grande e separada o suficiente para ser oficialmente declarada como um continente.

A Zelândia fazia parte de Gondwana, ou Gonduana, o supercontinente que antes albergava os continentes que hoje conhecemos como África e América do Sul. Há cerca de 85 milhões de anos, a Zelândia separou-se de Gondwana. A massa de terra à deriva, aproximadamente metade do tamanho da Austrália, era território de dinossauros e tinha floresta tropical

Milhões de anos mais tarde, as placas tectónicas começaram reorganizar-se, num período de grandes mudanças geológicas que também criou o “Anel de Fogo” do Pacífico, onde existem atualmente os vulcões mais ativos do mundo.

Durante este período, acredita-se que a placa do Pacífico – a maior placa tectónica do mundo – tenha afundado para baixo da crosta continental da Zelândia. Este processo, chamado subdução, fez com que a raiz do continente se partisse e afundasse também, de acordo com a National Science Foundation, uma agência de investigação do governo dos EUA.

Atualmente, cerca de 94% da Zelândia está submersa. Algumas partes do continente ainda estão à vista – formam a Nova Zelândia e outras pequenas ilhas. O ponto mais alto da Zelândia é Aoraki – Mount Cook, a 3.724 metros.





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