Vigilantes da natureza desempenham “papel fundamental” na monitorização e conservação
O secretário regional do Ambiente e Alterações Climáticas dos Açores, Alonso Miguel, considerou ontem que os vigilantes da natureza desempenham um “papel fundamental” na monitorização, conservação e proteção da natureza.
Alonso Miguel, que visitou hoje o Centro de Monitorização e Investigação das Furnas, em São Miguel, e reuniu-se com os vigilantes da natureza da ilha – assinalando o dia nacional dedicado a estes profissionais -, apontou a “importância do trabalho desenvolvido”, reconhecendo o seu “trabalho diário, na primeira linha de defesa do ambiente em cada uma das ilhas”.
O titular da pasta do Ambiente, citado em nota de imprensa, referiu que os vigilantes da natureza “desempenham um papel fundamental na monitorização, conservação e proteção da natureza e biodiversidade, bem como na vertente de educação e sensibilização ambiental da comunidade”.
Alonso Miguel destacou o reforço do corpo de vigilantes da natureza dos Açores com a contratação de mais 12 efetivos, o que “irá aumentar a sua capacidade de fiscalização, monitorização e proteção do importante património natural” da região.
O governante procedeu à entrega de um ‘drone’ ao Serviço de Ambiente e Alterações Climáticas da ilha de São Miguel, recentemente adquirido, que ficará ao dispor do corpo de vigilantes da natureza, tendo sido realizado um voo inaugural de demonstração.
Para além deste, foram entregues mais oito ‘drones’, um por cada ilha dos Açores, representando um investimento de cerca de 62 mil euros.
Alonso Miguel especificou que o equipamento irá “permitir o aumento da eficiência na realização de ações de fiscalização e vigilância, principalmente em locais de difícil acesso, possibilitando ainda, com tecnologia de precisão, a recolha de imagens e vídeos de alta qualidade, capazes de gerar modelos tridimensionais e ortomosaicos”.
O Dia Nacional dos Vigilantes da Natureza colide com o Dia Mundial das Zonas Húmidas, tendo o secretário regional referido que existem 13 zonas húmidas nos Açores “de importância internacional, que consistem nos ecossistemas mais ricos e produtivos do mundo, em termos de diversidade biológica, tendo a água como elemento estruturante”.
Alonso Miguel defendeu que a conservação das zonas húmidas é “crucial, não só para assegurar o equilíbrio e a viabilidade dos ecossistemas, mas também para fazer face às alterações climáticas, uma vez que representam importantes reservatórios naturais de água”.
O dia foi ainda assinalado com uma ação de plantação de várias espécies endémicas por parte do secretário regional na companhia dos vigilantes da natureza, na margem da Lagoa das Furnas, que é um dos sítios RAMSAR (onas húmidas de importância internacional) da ilha de São Miguel.