Cientistas descobrem três espécies de tubarões que brilham no fundo do mar



A bioluminescência é um fenómeno raro que é visível em alguns organismos vivos como algas ou fitoplâncton, em algumas partes do mundo. Contudo, no século XIX foi também documentada a presença deste fenómeno em tubarões.

Uma nova investigação da Université catholique de Louvain, na Bélgica, e do National Institute of Water and Atmospheric Research (NIWA), na Nova Zelândia, estudou pela primeira vez a bioluminescência em três espécies de tubarão, o Etmopterus lucifer, o Dalatias licha  e o Etmopterus granulosus

A equipa analisou a bioluminescência destes animais em Chatham Rise, na Nova Zelândia, numa zona mesopelágica (de 200 a 1000 metros de profundidade) onde a luz solar não chega. Esta luz fria pode ser utilizada como camuflagem para predadores, explicam no artigo, no entanto, no caso do Dalatias licha, esta serve para iluminar o espaço enquanto procura as suas presas e para as caçar disfarçadamente.

Os investigadores nomearam também esta última espécie – que pode ter até 180 centímetros – como o maior animal vertebrado luminoso descoberto até ao momento.

“É cada vez mais óbvio que a produção de luz em profundidade deve desempenhar um papel importante na estruturação do maior ecossistema do nosso planeta”, afirmam.

 

Dalatias licha / DOI:10.3389/fmars.2021.633582




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