Cientistas descobrem a causa do zumbido misterioso da Terra
Um novo estudo desenvolvido pelo Instituto Francês de Investigação e da Exploração do Mar e do Instituto de Física da Terra de Paris descobriu finalmente qual a causa do misterioso zumbido produzido pelo Planeta Terra.
De acordo com o relatório, publicado na revista Geophysical Research Letters, o barulho constante feito pelo planeta deve-se às ondas do oceano.
No final da década de 90, os sismólogos descobriram que o planeta vibra em frequências muito baixas, mesmo quando não há terramotos. Esta actividade é muito fraca para os seres humanos a sentirem, mas existe.
Na verdade, muitos cientistas já tinham admitido que as ondas do oceano poderiam explicar o zumbido incomum do nosso Planeta. Segundo o Live Science, eles propuseram que as vibrações são geradas por grandes ondas, que se podem estender até ao fundo do mar. Estas ondas podem abalar a Terra conforme alcançam os cumes do fundo do mar e as plataformas continentais subaquáticas. Outra ideia sugerida é que a colisão de ondas do mar entre si desencadeia esses tremores.
Nenhuma destas hipóteses, porém, poderia ser a única responsável por todas as vibrações, pelo que o novo estudo combinou estas duas ideias num modelo que responde a todos os sinais microssísmicos.
Utilizando modelos computacional que levaram em conta o oceano, os ventos e o fundo do mar, os cientistas descobriram que a colisão de ondas do mar pode gerar ondas sísmicas que levam 13 segundos ou menos para completar uma ondulação. Quando se trata de ondas lentas, eles descobriram que as que se deslocam ao longo do fundo do mar podem gerar ondas sísmicas com uma frequência de 13 a 300 segundos.
A maior parte do zumbido misterioso da Terra, segundo os cientistas, vem dessas ondas mais longas.
Uma das boas notícias deste estudo é que uma melhor compreensão destas vibrações é fulcral para ajudar os cientistas a gerar melhores mapas do interior da Terra, uma vez que estas ondas sísmicas penetram profundamente no manto do Planeta e, possivelmente, chegam até ao seu núcleo.
Foto: Esparta Palma / Creative Commons