Como ajudar as cidades mundiais a prepararem-se para os desastres futuros



O debate sobre as alterações climáticas é algo que já dura há mais de 20 anos e, perante a ameaça constante inerente, as respostas e soluções tardam em chegar. Foi perante este problema que a Rockfeller Foundation lançou no último ano a iniciativa 100 Resiliente Cities.

A 100 Resilient Cities trata-se de um programa que pretende ajudar as cidades mundiais a enfrentar os desafios do século XXI, incluindo as alterações climáticas e problemas subsequentes, dando-lhes assistência profissional e financeira para lidar com estes problemas.

Desde que o programa foi lançado já aderiram 32 cidades, incluindo Banguecoque, Roterdão, Ramallah e o Rio de Janeiro. A cada cidade que adere à iniciativa é concedido apoio financeiro, para contratar um “chief resiliency officer” (director de resiliência), e apoio técnico para o desenvolvimento de uma estratégia de resiliência.

As cidades estão agrupadas numa rede que permite a interacção e a partilha de experiências. Adicionalmente, as cidades podem ainda ter acesso a apoios de entidades parceiras da Rockfeller Foundation, como a Swiss Re, Nature Conservancy e os Sandia National Laboratories. Em Dezembro deste ano, novas cidades deverão aderir ao programa.

“O que estamos a tentar fazer é diminuir a complexidade das cidades e a ajudá-las a organizarem-se melhor”, explica ao City Lab o director do programa, Michael Berkowitz, profissional com experiência no sector público e privado. “Mas isto é um processo de longo-prazo. O que se consegue fazer num ano é mudar a mobília das ruas. Contudo, para tornar uma cidade mais resiliente às inundações, sismos, crises económicas ou agitações sectárias é preciso o trabalho de uma geração”, indica.

Embora o programa tenha apenas um ano, Berkowitz diz haver já pequenos sucessos. “Começámos a ver colaborações entre stakeholders não tradicionais e parceiros. Vemos cidades onde pessoas que trabalham nos transportes, desenvolvimento económico e comunitário estão a começar a trabalhar em conjunto”.

Foto: Radio Progreso Honduras / Creative Commons





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