Designers ingleses transformam objectos do dia-a-dia em tecnologia iPad

Dois estudantes da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, criaram o sistema Ubi displays, que pode tornar qualquer objecto num computador tablet. O sistema, que está já a ser descrito como uma das grandes inovações, dos próximos anos, no que toca à tecnologia doméstica, permite a transformação de objectos como envelopes ou frigoríficos em tablets, utilizando um projector, uma câmara e um PC.

John Hardy e Carl Ellis, os designers responsáveis pela inovação, pretendem transformar esta ideia num negócio, de acordo com a imprensa britânica. A Universidade de Lancaster vai apoiar os dois jovens, que têm 25 anos, na comercialização do projecto.

Neste momento, o sistema ainda está em fase de protótipo. Assim, a tecnologia ainda está numa espécie de caixa que se encontra no lado oposto do objecto que será utilizado como tablet. No futuro, esta caixa deverá ter o tamanho de um smartphone.

A tecnologia usa um projecto de alta tecnologia para transmitir a imagem de um iPad, um alarme ou outra qualquer imagem para um objecto. Uma câmara vê os pixéis em vermelho, verde e azul, assim como a profundidade e outros detalhes que estão a ser executados e leva a informação de volta ao computador do utilizador.

Depois, o computador usa o seu software para perceber onde estão os dedos do utilizador e realiza a tarefa escolhida através da imagem projectada. Em teoria, o utilizador pode tornar a sua cama num escritório interactivo e de alta tecnologia, mesmo sem se levantar. Ou colocar um vídeo gastronómico no seu frigorífico ou fogão, para seguir mais facilmente uma receita. Ou uma TV no duche.

“À medida que a nossa vida é cada vez mais digital, precisamos de interfaces que conseguem integrar o nosso mundo digital com as nossas vidas físicas. Os telemóveis no bolso ou ecrãs em secretárias não são necessariamente a melhor forma de prever o futuro, uma vez que são restritivos de alguma forma”, explicou John Hardy.

“A nossa tecnologia foi desenhada para ser rápida e fácil de executar. E não precisa de um especialista em programação ou de uma equipa para desenvolver conteúdos interessantes”, continuou. Seria interessante que esta nova visão do nosso dia-a-dia impactasse directamente a forma como nos tornamos mais sustentáveis, não acha?