Já pensou viver numa casa flutuante?
Um novo tipo de casa flutuante pode ajudar a proteger-se contra o aumento das águas, dizem os arquitectos. São necessárias ações urgentes para manter as temperaturas globais dentro das metas climáticas. Para salvaguardar as pessoas que vivem em áreas propensas a inundações e aumento do nível do mar, um grupo de arquitetos desenhou uma casa flutuante. O projeto é uma colaboração entre a empresa britânica de arquitetos Grimshaw e a fabricante holandesa Concrete Valley.
Externamente, o edifício é muito parecido com as residências tradicionais. As habitações serão construídas usando uma combinação de betão e vidro, numa estrutura que fica assente num pontão flutuante. No caso de uma maré cheia ou inundação, a estrutura flutuante sobe com o nível da água para manter a casa segura.
Equipadas com painéis solares, as residências poderão gerar a sua própria eletricidade e suportar cortes de energia da rede elétrica em caso de tempestade. A construção é modular, permitindo uma linha de montagem de produção em massa.
A casa flutuante é rebocável por água e pode ser deslocada para diferentes paisagens naturais que tenham ligações de energia elétrica. Outras empresas também estão a explorar este nicho de negócio. Além da Europa, acreditam que pode ser bastante útil em algumas parte do continente asiática e de regiões em vias de desenvolvimento, como uma forma de aliviar a sobrelotação em cidades movimentadas e áreas urbanas propensas a inundações.
Oceanos prósperos são uma parte crítica do ecossistema planetário, mas o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas relata que as águas estão se tornando cada vez mais quentes, mais ácidas e menos produtivas. Embora inovações como casas flutuantes possam ajudar a combater os níveis crescentes de água, são necessárias ações urgentes para lidar com as causas subjacentes das mudanças climáticas antes que um ponto de inflexão seja alcançado, o que pode ameaçar a sobrevivência de todas as espécies que vivem dentro, sobre ou ao lado da água.