Nova Iorque: sustentabilidade é prioridade mas EUA continuam fora do Acordo de Paris



Os Estados Unidos da América não ratificaram o Acordo de Paris, mas isso não significa que o país, como um todo, esteja de acordo com a administração do presidente Trump no que diz respeito à ação climática. Prova disto é o facto de a cidade de Nova Iorque ter submetido um relatório voluntário sobre os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 diretamente para as Nações Unidas — algo que normalmente só é feito por países, não cidades.

De acordo com o site Inverse, o relatório agora enviado por Nova Iorque para as Nações Unidas pretende mostrar como a cidade é um líder no campo da sustentabilidade. Um dos grandes pontos de destaque é o processo interposto em tribunal pela cidade contra cinco das maiores empresas petrolíferas do mundo. As razões prendem-se com as contribuições destas indústrias para as emissões de gases com efeito de estufa e por terem escondido durante décadas dados científicos que confirmam os perigos relacionados com a emissão de CO2 para a atmosfera. A cidade está também a desinvestir cinco mil milhões de dólares de empresas de petróleo e gás. “Desinvestir [deste tipo de empresas] mostra que não vamos participar nem lucrar com esta indústria que está a destruir o planeta”, disse Dan Zarrilli, diretor sénior para o clima da câmara de Nova Iorque.

 

Pontos de ação

O relatório voluntário de Nova Iorque foca-se nos cinco Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que a ONU priorizou para discutir este ano: saneamento e água limpa, energia limpa e acessível, cidades e comunidades sustentáveis, consumo e produção responsáveis e proteção da terra. Na prática, isto significa que a cidade está a apostar em aumentar o uso de energia solar para ajudar à redução em 80% da pegada de carbono até 2050. Estão também a investir em infraestrutura para protegerem pessoas e infraestrutura do risco acrescido de furacões causado pelas mudanças climáticas.





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