Resiliência de Nova Iorque às tragédias vale prémio internacional
A resiliência e adeptação da cidade de Nova Iorque depois de duas tragédias recentes – o 11 de Setembro e o furacão Sandy – valeram à cidade norte-americana o prémio mundial de resiliência urbana, um galardão atribuído pelo C40 (Cities Climate Leadership Group) e Siemens.
O City Climate Leadership Awards premeia a excelência das cidades na sustentabilidade urbana e impacto na mudança do clima global e foi atribuído, este ano, pela primeira vez.
O prémio reconhece que o plano Uma Nova Iorque mais Forte e Resiliente, desenvolvido pela cidade para fazer renascer das cinzas parte dos seus ícones urbanísticos e bairros, demonstra a resiliência mas também a adaptação da Grande Maçã às tragédias que a têm afectado.
O plano prevê também a redução dos riscos urbanos e aumento da resiliência das infras-estruturas e edifícios de toda a metrópole. Paralelamente, o empenho nova-iorquino na sustentabilidade e no combate às alterações climáticas também foi elogiado por C40 e Siemens.
Nos últimos anos, Nova Iorque destacou-se com a renovação energética da sua rede de metropolitano, da estátua da Liberdade, Carnegie hall ou do próprio novo World Trade Center, que já tem tecnologia de ponta em termos de eficiência energética.
“[Este prémio] parte do pressuposto de que as cidades, que não estão dispostas a esperar pela intervenção da administração central, podem liderar o esforço para identificar os riscos colocados pelas alterações climáticas”, explicou o presidente do C40, Michael Bloomberg. “Ao usar abordagens inovadoras a nível local, as cidades estão a alcançar um grande impacto nas alterações climáticas a nível global”. Bloomberg, recorde-se, é o mayor de Nova Iorque.
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