Superfícies comerciais sem plástico descartável? Ambientalistas acreditam que é possível



Durante o mês de Novembro a associação ambientalista Zero promoveu um levantamento sobre a utilização de utensílios e acessórios de uso único (descartáveis) na restauração, por parte de 25 das principais marcas que operam nos centros comerciais em Portugal. Qual a utilização que estes estabelecimentos fazem do plástico? Os resultados demonstram que o recurso ao descartável é uma prática generalizada.

As conclusões mostram que talheres, pratos, copos, guardanapos, bases de tabuleiros de plástico são usados pela grande maioria das marcas. Os pratos reutilizáveis estão presentes em 45% dos restaurantes visitados, mas 22% recorrem ao descartável e 33% optam por não fornecer prato, utilizando embalagens descartáveis de plástico ou a uma combinação de papel/cartão com plástico em alternativa. Nos talheres, o descartável domina sobre o reutilizável, principalmente porque em 74% dos casos são adicionados invólucros de plástico (26%) ou de papel (48%), uma prática que não se justifica.

Em comunicado, a Zero chama também a atenção para o que chama de “praga das palhinhas”, ao alertar que “em 44% dos casos a palhinha é fornecida sem que seja pedida e em 35% está disponível mediante pedido do cliente. “.

O tão apreciado hábito de beber um “cafezinho“ também não escapa às mas práticas ambientais nestes locais, uma vez que “em 51% dos casos foram utilizados copos de plástico, cartão, ou outro material para fornecer uma simples chávena de café.“ Mas é na disponibilização das colheres para mexer o café que se parece verificar um grave retrocesso, com 74% das marcas a recorrerem a colheres de plástico descartável.

Com a utilização dos plásticos na embalagem de produtos de uso comum a generalizar-se, atingindo as mesmas 36% do total de embalagens presentes nos resíduos sólidos urbanos, a ZERO está a promover uma campanha, incitando os cidadãos a lutar contra o excesso de embalagem com recurso aos plásticos nesta época de festas.

Foto: via Creative Commons 





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