7 tendências ecológicas para o mundo pós-coronavírus
Segundo os cientistas, os efeitos da pandemia causada pelo novo coronavírus durará muitos anos mas também podem acelerar a transição da sociedade para novas formas de viver em comunidade.
Maior credibilidade da Ciência. Os cientistas já tinham alertado que uma pandemia à escala mundial poderia acontecer. Os que tentaram negar as evidências e as estimativas dos cientistas foram obrigados a voltar atrás, rapidamente derrotados pelos factos.
Valorização das coisas simples versus consumismo. Muitos acreditam que depois desta crise haverá um regresso ao estilo de vida simples, mais focado nas relações humanas, na saúde e na felicidade, e menos na acumulação de bens supérfluos.
Aumento da solidariedade. Controlar a velocidade de contágio não depende só de uma pessoa ou de uma família. É um esforço coletivo. Por todo o planeta existem manifestações gerais de solidariedade com doações de materiais e esforços conjuntos de empresas para desenvolver material de higiene ou equipamentos médicos. E estamos a assistir a grupos organizados de vizinhos dispostos a ajudar e a fazer compras para quem está preso em casa. Esta capacidade conjunta será aplicada para resolver outras questões, como os problemas ambientais que envolvem o uso equilibrado de recursos, como rios, oceanos, florestas ou até mesmo a atmosfera da Terra no caso das mudanças climáticas.
A expansão das atividades humanas que dispensam a deslocação física. A conquista dos meios de comunicação à distância veio para ficar. Durante o período de contenção da pandemia desenvolvemos formas eficazes de trabalhar, fazer compras ou falar com os amigos, tudo à distância. Descobrimos que muitas viagens de carro e de avião são desnecessárias. Empresas, negócios e trabalhadores vão adaptar-se mais para trabalhar longe dos escritórios. Com isso, o ar das cidades ficará mais limpo, como já provam as quedas drásticas dos níveis de poluição em países como a Índia ou a China.
Maior controlo à produção de animais. Muitos dos processos de produção de animais podem estar na origem de doenças potencialmente catastróficas. O Covid-19, provavelmente, teve origem em animais selvagens presos em jaulas e sem condições de higiene para consumo humano na China. A publicação científica “American Journal of Public Health” alertou em 2007 que a produção de animais em situações como esta poderia ser a origem da próxima grande pandemia. Nunca foram levados a sério.
Menos ar condicionado e mais janelas abertas. É claro que o ar condicionado oferece conforto nos dias mais quentes e será necessário para as cidades cada vez mais quentes, principalmente com as mudanças climáticas dos últimos anos. Mas estes meses de confinamento trará a valorização de projetos arquitetónicos que aproveitem a circulação natural de ar.
Valorização das áreas naturais. Passeios em áreas naturais ou perto de cenários como montanhas, lagos ou praias reduzem o stresse no período de distanciamento social. O ar puro e a paisagem natural têm um efeito reconhecido para a saúde mental. No entanto, muitas cidades fecharam o acesso aos parques públicos urbanos, privando os cidadãos desses espaços verdes. A privação irá aumentar a valor desses metros quadrados de natureza.