A Internet das Coisas vai ligar um vulcão pela primeira vez
A empresa Libelium, uma das que há mais anos trabalham na Internet das Coisas, um dia foi desafiada pela Qwake, uma companhia americana que combina expedições científicas inovadoras com projectos de tecnologia de ponta. Na agenda estava uma deslocação ao vulcão Masaya, na Nicarágua, um dos mais agressivos da América Latina. Foi o início de uma aventura que ainda não terminou.
David Gáscon, co-fundador e director técnico da Libelium não hesitou em pôr a mochila às costas e rumar até à Nicarágua com a missão de estudar a instalação de sensores nas entranhas de Masaya. De lá saiu determinado a desafiar o vulcão e iniciar o primeiro projecto de conexão de vulcões algumas vez tentado.
Neste momento a empresa espanhola já construiu dez máquinas especiais, com mais de 80 sensores, que poderão medir humidade, temperatura, pressão atmosférica e produção de gases. O maior desafio técnico foi conceber sensores que pudessem resistir às elevadas temperaturas (em certas zonas do vulcão atingem-se valores superiores a 500 graus Celsius).
Já se sabe que a produção de gases aumenta quando os vulcões estão na eminência de uma erupção, por isso assim que for conectado, e tudo indica que será em breve, o Masaya não voltará a surpreender os seus vizinhos.
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