Câmara do Porto prepara mudança de paradigma na limpeza urbana



Na próxima terça-feira, a Câmara Municipal do Porto vai debater a mudança de paradigma da limpeza urbana na cidade. As alterações que estão a ser preparadas são profundas, avança o Porto., foram estudadas ao pormenor e implicaram visitas do presidente da Câmara, Rui Moreira, e do vereador de Ambiente e Inovação, Filipe Araújo, às madrugadas da cidade (nas fotos), para conhecerem o trabalho concreto de centenas de trabalhadores.

Neste momento, a varredura, a recolha de indiferenciados e de reciclados estão concessionados a duas empresas privadas em 50% da cidade. A restante malha urbana é operada pela autarquia.

No novo modelo, toda a cidade será servida pelos mesmos princípios, ou seja, prestação de serviço quanto a varredura e recolha de indiferenciados. Por outro lado, serão os serviços da própria autarquia a recolherem os recicláveis em toda a cidade.

Com este novo sistema, a Câmara do Porto pretende ser uma referência nacional e internacional em termos de sustentabilidade nos resíduos, limpeza urbana e na reciclagem.

Filipe Araújo, o vereador responsável pelo Ambiente e Inovação, acredita que existe um “potencial de crescimento de reciclável, dado que mais de 70% do indiferenciado é potencialmente reciclável.”

Por outro lado, o Porto diminuirá a sua pegada ecológica, nomeadamente através da utilização de frotas mais sustentáveis e através de um sistema tecnológico de monitorização e operacionalização.

Estas novidades permitirão tornar o sistema mais transparente e operar uma redução dos custos, o que poderá vir a reflectir-se na redução das tarifas aos munícipes.

Nova empresa municipal para o ambiente

Ainda de acordo com o Porto., em preparação está também a criação de uma empresa municipal para o ambiente. A criação desta nova estrutura deverá trazer ganhos de eficiência de recursos e poderá impulsionar uma maior libertação de pessoas para incorporar outras divisões da Câmara.

Por outro lado, haverá uma maior especialização e eficácia nas actividades de gestão de resíduos urbanos e de limpeza urbana, bem como uma maior agilidade dos processos.

“[Queremos] garantir a adequada formação específica necessária aos recursos a realocar. Assim, será possível evitar a externalização de serviços, cujo custo global se estima em cerca de €3,7 milhões por ano”, explicou Filipe Araújo.

O modelo futuro deverá, por isso, alavancar a reciclagem na cidade, tornando o Porto uma referência; modernizar as operações por forma a obter ganhos de qualidade e utilizar as mais recentes tecnologias na área de forma a melhor monitorizar e atuar.

A Câmara espera, com esta mudança de paradigma na recolha e limpeza urbana, não apenas aumentar a eficiência e limpeza da cidade, mas também operar uma diminuição de custos com a Recolha e Limpeza Urbana em mais de 10%.

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