Cientistas europeus querem que gado emita menos metano



Um consórcio de várias universidades europeias, entre as quais a Universidade de Nottingham (Inglaterra) a Universidade Católica do Sagrado Coração de Picenza (Itália) e a Agrifood Research Finland (Finlândia) está a trabalhar num projecto para tentar descobrir um tipo de animal que produza a mesma quantidade de leite mas emita menos gás natural na sua digestão.

Esta espécie de vaca de baixo metano pode estar ligada à genética e dieta do animal. “Acreditamos que a genética possa influenciar este aspecto. Mas essa ligação ainda não foi provada e estamos na fase de recolha de dados”, explicou Lorenzo Morelli, microbiólogo e director da faculdade de agricultura da Universidade Católica do Sagrado Coração, em Piacenza.

Morelli acredita que o gado de baixo metano possa ser mais produtivo: “O metano é uma energia perdida, que pode ir para a produção de leite. Se conseguirmos encontrar a combinação certa, descobriremos animais que são menos poluentes, mais produtivos e mais lucrativos para seus criadores,” explicou o responsável ao Eurasia Review

Segundo Phil Garnsworthy, cientista da Universidade de Nottingham, a dieta dos animais pode ser melhorada para os levar a emitir menos metano. É também este o objectivo do consórcio, denominado RuminOmics.

O metano surge de um processo natural: as vacas comem erva, silagem e feno, digerindo estes alimentos co uma gama de micróbios dos seus estômagos e produzindo o gás através da flatulência. Este gás é 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono de um período de 100 anos.

Por outro lado, cerca de um quinto dos gases de estufa produzidos pela agricultura são directamente libertados dos estômagos das vacas e bois. Segundo o Planeta Sustentável, o RuminOmics começou uma pesquisa sobre todos os aspectos da criação dos animais, na tentativa de baixar a produção de metano sem prejuízo para a de leite.

Foto: horrapics / Creative Commons





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