Da tecnologia ao hidrogénio, como a Microsoft está a reduzir a pegada ambiental dos seus datacenters



Realizou-se hoje uma visita virtual a um Datacenter da Microsoft, uma experiência imersiva deu acesso a uma visão global de toda a sua infraestrutura de operações em cloud (ou nuvem, em português), nomeadamente através do acesso aos data halls simulados, salas de rede e pátios de equipamentos de operação.

A  Cloud é, como explicaram, uma rede globalmente interconectada de biliões de computadores e data centers em todo o mundo, que trabalham juntos para armazenar, gerir dados, executar aplicações e fornecer serviços de conteúdo.

A experiência foi conduzida por Luís Silva, Diretor da Unidade de Negócio Microsoft Azure, que referiu que a Azure está presente em mais de 60 regiões – uma região tem múltiplos data centers – e em 30 países, ligados por 165 mil milhares de fibra, “um tamanho equivalente a dar a volta ao mundo 7 vezes”.

A Microsoft admite ter uma grande preocupação ambiental e, como tal, tem investido em operações sustentáveis nos data centers e nas comunidades locais. No exterior, o espaço integra algumas áreas verdes, e no interior, a equipa tem desenvolvido vários compromissos ao longo de 12 anos.

Relativamente à construção dos próprios data centers, a decisão da Microsoft passa por “construir mas utilizar as tecnologias mais avançadas, e quer isto dizer que não faz sentido pegar num datacenter de há meia dúzia de anos atrás e tentar convertê-lo com novas tecnologias. Aquilo que nós fazemos é, na prática, sempre que construímos um datacenter utilizamos a última tecnologia que está disponível porque é mais eficiente. (…) É mais eficiente destruirmos e construir novo, do que propriamente tentar converter”, explica Luís Silva.

Quanto às suas unidades de tratamento de ar e de sistemas de reserva de energia, a Microsoft refere que: “ao usarmos manipuladores de ar de alta eficiência, conseguimos atender às nossas necessidades de refrigeração e aquecimento dos datacenters com o mínimo impacto ambiental. Estamos constantemente a inventar novas maneiras de aumentar a eficiência e a sustentabilidade. Parte do grande esforço da nossa empresa está em reduzir o desperdício de carbono e a pegada hídrica. (…) Estamos a explorar tecnologias como combustíveis sintéticos, baterias UPS e células de combustível de hidrogénio, para ter energia sustentável de reserva em todos os nossos datacenters”.

O primeiro compromisso a nível de sustentabilidade da empresa surgiu em 2009, quando traçaram o objetivo de reduzir as emissões de carbono. Em 2012, decidiram seguir um caminho para se tornarem 100% neutros em carbono, tendo ainda criado uma taxa interna de carbono, a fim de cobrar as suas emissões diretas. Em 2013 a empresa fez o seu primeiro contrato de compra de energia renovável e, em 2016, foi traçado o objetivo de que em 2020, 60% das operações teriam por base energias renováveis.

No ano passado, a Microsoft focou-se em novos objetivos; tornar-se carbon negative até 2030, que toda a sua energia fosse proveniente de fontes renováveis até 2025, em proteger mais terras do que as que utilizam até 2025 e fabricar o Planetary Computer, uma espécie de catálogo com dados ambientais a nível global.

No seguimento da sua estratégia de sustentabilidade, a Microsoft foca-se em quatro áreas principais: resíduos, ecossistemas, carbono e água. Define assim, como compromissos, ter energia 100% de fontes renováveis até 2025; reduzir 90% dos resíduos sólidos provenientes da suas operações e usar 100% de embalagens recicláveis (Centros circulares); utilizar menos água e reabastecer mais do que a que consomem até 2030; e além de ter uma pegada de carbono negativo até 2030, conseguir remover mais carbono do ambiente do que o que a empresa emitiu desde a sua fundação até 2050.





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