EUA: Agricultores investem 20 milhões em marketing para lutar contra acusações de insegurança alimentar



Algumas das mais poderosas empresas norte-americanas da indústria agrícola vão unir-se para lutar contra as acusações de que os alimentos que comercializam são pouco saudáveis, segundo o Financial Times.

A campanha, que custará 20 milhões de euros por ano (R$ 47 milhões), pretende responder aos ataques de vários activistas e pequenos agricultores, que acusam a indústria de promover a insegurança alimentar e abusar dos animais.

Nos últimos tempos, têm-se multiplicado as queixas relativas à forma como os grandes grupos agrícolas são desumanos para com os animais, produzindo comida que leva à obesidade e doença. Os activistas e pequenos agricultores chamam-lhes “fábricas de agricultura”.

O grupo agora formado é composto por 50 das principais empresas agrícolas norte-americanas. “Os consumidores estão confusos. Há uma enorme diferença de conhecimento mas queremos que as pessoas saibam que estamos empenhados em promover as escolhas saudáveis”, explicou ao FT o presidente da American Farm Bureau Federation, Bob Stallman.

O responsável admitiu ainda que, até agora, a indústria tinha sido lenta e super defensiva na resposta às críticas. “Percebemos que não temos sido parte da conversa e sabemos agora que isso foi um erro”.

Contactados pelo FT, vários activistas consideraram esta nova campanha “ridícula” e explicaram que os agricultores industriais viam o ambiente como uma máquina, e não como algo biológico.

Finalmente, e ainda segundo o jornal, também a indústria da agricultura orgânica está preocupada com toda a publicidade negativa que o sector da agricultura, como um todo, tem recebido. “Todo o negócio agro-alimentar está preocupado”, explicou Mark Kastel, do Cornucopia Institute, que defende a agricultura orgânica. “As pessoas estão com medo que estas notícias danifiquem a sua reputação”.





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