Noruega estende para 40% a quota de mulheres nos conselhos de administração das grandes empresas



A Noruega prepara-se para estender às grandes empresas a regra que prevê uma quota de, pelo menos, 40% de mulheres nos conselhos de administração das cotadas. A medida poderá ser aprovada já no próximo ano, segundo avança o Financial Times.

Esta alteração prende-se com o facto de a introdução desta regra para as cotadas, em 2003, não ter tido o efeito desejado pelo Governo norueguês. Assim, as mulheres representam apenas 17% dos conselhos de administrações das grandes empresas norueguesas não cotadas.

“Não estamos a ir suficientemente rápido. Em 2012 o Governo deverá ter pronta [a mudança de regra]”, explicou a secretária de comércio e indústria da Noruega, Rikke Lind.

A ministra argumenta que as quotas são positivas e funcionam, tanto na área laboral como política. Durante o Governo de Gro Harlem Brundtland, no final dos anos 80, a Noruega assistiu a um aumento substancial de mulheres em cargos políticos, para os 40%.

O argumento de Lind tem como base… a matemática. “Isto é Matemática, e Warren Buffett tem razão. Quando pegamos em metade da população e colocamo-la em competição para um cargo, então as probabilidades de encontrarmos a pessoa certa são apenas metade das que teríamos com as quotas”, explicou. Segundo a responsável, o que está em causa, assim, é encontrar mais talentos.

A Noruega foi pioneira na introdução de quotas para gestoras, em 2003, tendo esta política sido replicada em vários países europeus. Segundo o grupo de lobbying GlobeWoman, outros estados, como a Holanda, Bélgica, Itália e a Malásia, preparam-se para aplicar esta regra.

A questão das quotas, como se recordará, tem motivado alguma polémica, nos últimos anos, em Portugal. Concorda com esta medida?





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