ONU: em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos



Limpar os mares” é mote da campanha lança hoje pela ONU – Organização das Nações Unidas. O objectivo é despertar consciências ao nível empresarial e governamental, mas também ao nível da comunidade, para os danos que dia após dia estamos a provocar nos mares de todo o mundo.

Os números são assustadores e espelham a necessidade de medidas urgentes: por ano são recolhidas oito milhões de toneladas de resíduos plásticos do mar. Apresentada hoje na Cimeira Mundial dos Oceanos, na Indonésia, a campanha da ONU incita a comunidade a deitar menos lixo para o mar.

Mas como conseguir alertar, de uma vez por todas, a população para os riscos futuros dos comportamentos actuais pouco amigos do ambiente? A ONU sugere algumas medidas para conseguir este feito, entre elas a redução do plástico utilizado nas embalagens e a mudança de comportamentos por parte dos consumidores. A grande meta é conseguir chegar a 2020 com um panorama substancialmente diferente: com os microplásticos nos cosméticos e as embalagens descartáveis (as maiores fontes de plástico deitadas ao mar) a serem apenas uma má recordação de um passado nada sustentável.

A campanha conta já com o apoio de vários países, caso da Indonésia que se junta a esta iniciativa com o propósito de reduzir o plástico lançado ao mar em 70%, e do Urugai que vai começar a taxar os sacos de plástico.

Dados da ONU indicam que para resolver os problemas actuais dos ecossistemas atingidos pelos efeitos do plástico nos oceanos seriam precisos mais de oito milhões de euros. A Organização das Nações Unidas estima ainda que, sem alterações profundas, em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos.

Foto: Pacific Islands Fisheries Science Center





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