Sobrevivência humana: a chave é um banco de sementes



A “arca de Noé” da sobrevivência humana existe e situa-se num arquipélago norueguês perto do Polo Norte. O banco de sementes de Svalbard é o guardião daquela que pode ser a solução para um dos mais graves problemas da humanidade: o desaparecimento de espécies alimentares. Desaparecimento originado pelas alterações climáticas ou por pragas que ataquem massivamente áreas de cultivo.

O banco de sementes de Svalbard alberga a maior coleção de sementes do mundo e situa-se no arquipélago norueguês com o mesmo nome – Svalbarg . Desde a sua construção, em 2008, o banco de Svalbard reuniu cerca de 40% da diversidade alimentar mundial: 843.400 sementes de 5.1258 espécies diferentes provenientes de 233 países, avança o El País.

E os motivos para estar num sítio tão remoto – encontra-se apenas 1.400 quilómetros do Porto Norte – relaciona-se com o facto de ser um dos territórios com menos actividade sísmica e pelo facto de as suas temperaturas, mesmo no Verão, raramente ultrapassarem os 5 graus celsius. Além do mais, a existência de um porto e de um aeroporto na região foram também factores determinantes para a construção deste banco.

Na opinião do professor americano e fundador do banco de sementes Cary Fowler “o Planeta enfrenta a maior crise alimentar da sua história e grande parte das suas respostas encontram a sua solução neste banco de sementes.  Ainda segundo o especialista, “as alterações climáticas vão trazer todo o tipo de problemas. Vamos lidar cada vez mais com temperaturas extremas e com a migração de pragas e enfermidades”.

Mas como funciona o banco de sementes?

O funcionamento assemelha-se a qualquer caixa de alta de segurança dos bancos: somente os donos das sementes têm direito a reclamar as mesmas e ninguém pode aceder ao material que se encontre selado.

O facto de existirem registos de amostras de 233 países não significa que um número equivalente de países tenha depositado neste banco as suas sementes. Por exemplo, o Japão, enquanto país, não depositou as suas sementes em Svalbard, mas a Universidade de Okayama depositou as suas primeiras amostras em Março último.

Foto: Global Crop Diversity Trust / Creative Commons





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