Um terço das crianças portuguesas é obeso
Cerca de 14% das crianças portuguesas é obesa e 32% tem excesso de peso, o que faz de Portugal um dos países da Europa com piores indicadores, no que toca à educação alimentar, sendo que a Itália surge em primeiro lugar. Ainda assim, nesta primeira fase do estudo, o sistema de vigilância infantil europeu, conduzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), não apresenta resultados de outros países da bacia mediterrânea, como Espanha ou Grécia, pelo que o nosso país não tem uma boa comparação de dados.
Nesta primeira fase, integraram a investigação, além de Portugal e Itália, a Bulgária, a Irlanda, a Noruega, Suécia, Bélgica, Chipre, República Checa, Malta, Eslovénia e Letónia. A nível nacional, os resultados envolvem as cinco Administrações Regionais de Saúde e as regiões autónomas da Madeira e Açores. O Algarve foi a região portuguesa que apresentou melhores resultados, enquanto as ilhas açorianas são o local onde se verificou mais prevalência de excesso de peso, segundo a agência Lusa, citada pelo PT Jornal.
Para os especialistas, apesar de Portugal não ter ainda uma base de comparação muito boa com as outras nações analisadas, por se tratar de países distintos no que toca à dieta alimentar, os resultados não deixam de ser “muito preocupantes”, uma vez que fazem da obesidade a doença mais prevalente na infância, sendo que já um terço da população infantil tem excesso de peso.
Um índice de massa corporal a partir do percentil 85 é considerado excesso de peso e acima de 95 já significa obesidade, lembram os peritos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 45 milhões de crianças em todo o mundo são afectadas por esta doença, o que levou o organismo a pensar em considerá-la epidemia. É sabido que o excesso de peso traz outras doenças, como, por exemplo, diabetes infantil, o que diminui, em muito, a qualidade de vida de um jovem.