14 líderes mundiais comprometem-se a uma gestão dos oceanos 100 % sustentável



O Painel de Alto Nível para a Economia Sustentável do Oceano apresenta hoje uma nova agenda de ação do oceano, juntamente com novos compromissos. Os 14 líderes mundiais do Painel do Oceano comprometeram-se a gerir de forma sustentável 100 % da área oceânica sob jurisdição nacional até 2025, orientada pelos Planos de Oceano Sustentável.

Os países irão trazer uma abordagem holística à gestão dos oceanos que equilibre a proteção, produção e prosperidade em quase 30 milhões de quilómetros quadrados de águas nacionais – uma área do tamanho de África. “Apelamos a que todos os estados costeiros e oceânicos se juntem a nós neste compromisso para que até 2030 todas as áreas oceânicas sob jurisdição nacional sejam administradas de forma sustentável.”

O Painel é composto pelos Presidentes do Chile, Indonésia, Gana, Quénia, México, Namíbia e de Paulau, tal como pelos Primeiros-Ministros de Portugal, Noruega, Jamaica, Japão, Austrália, Canadá e Fiji. Estes líderes mundiais compreendem que o oceano é central para a vida na Terra, como meio de subsistência das pessoas e da economia, mas também reconhecem que a saúde do oceano está em risco devido a ameaças como a poluição, a pesca excessiva e as alterações climáticas.

Tommy Remengesau, Presidente do Palau e Copresidente do Painel do Oceano, afirma “Precisamos do oceano mais do que nunca para impulsionar uma recuperação sustentável a longo prazo. O oceano é o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro. (…)O Painel do Oceano apela a todos os líderes dos estados oceânicos e costeiros para se juntarem a nós e transformarem o nosso objetivo de 100 % em realidade.”

As recomendações focam-se em cinco áreas críticas: riqueza, saúde, igualdade, conhecimento e financiamento do oceano. O documento “Transformações para uma Economia Sustentável do Oceano: Uma visão para proteção, produção e prosperidade” constitui uma nova agenda de ação que, se alcançada, pode ajudar a produzir até 6 vezes mais alimentos do oceano, gerar 40 vezes mais energia renovável, retirar milhões de pessoas da pobreza e contribuir para um quinto das reduções de emissões de GEE necessárias para permanecer dentro de 1,5 °C.

A partir de 3 de dezembro, os países irão organizar uma série de eventos de lançamento nacional para construir a vontade política global em torno dos seus compromissos, partilhando os seus planos e discutindo ações prioritárias.

O Primeiro-Ministro António Costa, deixa claro que “Numa altura em que o mundo enfrenta uma crise climática, de saúde e económica, Portugal está empenhado numa recuperação económica azul e em gerir de forma sustentável o nosso oceano, associando saúde, riqueza e justiça social.”





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