Fenómeno meteorológico nunca antes visto: afinal, o que aconteceu em Évora?



O Instituto de Ciências da Terra da Universidade de Évora (UÉ) registou a maior intensidade de precipitação no período de uma hora na cidade alentejana, com cerca de 38 milímetros em 45 minutos. Segundo divulgou a UÉ, o udómetro do Instituto de Ciências da Terra (ICT), instalado no Colégio Luís António Verney, registou nesse dia “a maior intensidade de precipitação no período de uma hora desde que foi instalado, em 2007”.

A UÉ adiantou que, na terça-feira ao final da tarde, no espaço de apenas 45 minutos, foi registada na cidade uma precipitação de 38,805 milímetros (mm) de precipitação. Até esse dia, sublinhou a academia alentejana, os valores mais elevados de precipitação horária registados nesta estação eram de 28,059 mm (em 04 de novembro de 2012) e 21,691 mm (em 22 de abril de 2014).

Os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), referem que, em Julho, a precipitação média mensal em Évora é de 8,6 mm (dados de 1971 a 2000). Ou seja, a precipitação acumulada no dia 21, entre as 19h e as 20h “foi quase cinco vezes mais elevada do que a normal para todo o mês de Julho” acentuam os investigadores do ICT.

Este fenómeno meteorológico, descrevem os investigadores do ICT, “teve origem numa depressão isolada em altitude, um sistema meteorológico também conhecido por “gota fria” que se forma a partir de uma perturbação da corrente de Oeste nas proximidades do jacto polar”. Esta perturbação traz ar mais frio, em níveis elevados, dando origem a uma grande bolha, uma gota de ar mais frio rodando no sentido ciclónico (anti-horário) na média e alta troposfera.

Na terça-feira, dia 21 de Julho, a chuva acompanhada por trovoada que atingiu a cidade de Évora provocou mais de 60 inundações, a maioria em habitações, quedas de árvores e duas pessoas tiveram que ser resgatadas de zonas inundadas.





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