Macau: deputada quer transformar pista de galgos em instalação social



A deputada macaense Ella Lei defendeu esta segunda-feira, na Assembleia Legislativa, o fim das corridas de galgos na cidade e o aproveitamento do controverso canídromo para a criação de instalações sociais e desportivas.

“Nos últimos anos, o número de pessoas a apostar nas corridas de galgos diminuiu muito, havendo, assim, menos benefícios económicos e limitando as receitas do Governo”, afirmou a deputada, citada pelo Observador.

Para Ella Lei, “o Governo deve retirar essas corridas por razões políticas, e ainda pelos benefícios económicos e necessidades da vida da população”.

“Assim, não só pode aproveitar a parte desportiva das instalações, abrindo-a ao público durante todo o dia, mas também ter uma área de 17.000 metros quadrados para construir escolas e instalações de serviços sociais”, afirmou.

A operar há 50 anos, o Canídromo de Macau viu a licença renovada por dez anos em 2005, pelo que se gerou a expetativa de que pudesse encerrar no final de 2015. Contudo, o Governo renovou a concessão da Yat Yuen por mais um ano, argumentando que não seria justo encerrar o espaço “de um dia para o outro”.

O Canídromo de Macau é uma das mais cruéis pistas de corridas de cães do mundo, onde morrem mais de 20 animais por mês, de acordo com as organizações de defesa dos animais. As receitas do canídromo, localizado numa zona de elevada densidade populacional, têm vindo a cair há vários anos.

Foto: James Creegan / Creative Commons





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