Rússia terá mandado matar cães e gatos de rua para limpar Sochi, sede dos Jogos Olímpicos
Arrancam hoje, em Sochi, Rússia, os Jogos Olímpicos de Inverno, mas há pelo menos uma semana que o evento está a ser criticado. Em primeiro lugar, pelas condições dadas aos atletas e jornalistas no local; agora, porque a cidade-sede do evento terá mandado exterminar mais de dois mil cães e gatos que vivem nas suas ruas, para deixar o local “mais limpo e seguro”.
Segundo vários sites internacionais, incluindo o Mashable, o Governo terá contratado uma empresa, a Basya Services, para fazer este trabalho. Na verdade, em Abril de 2013 o Governo russo anunciou esta medida mas, após protestos dos defensores dos animais, voltou atrás, dizendo que apostaria na construção de abrigos e na castração dos animais.
Esta semana, Alexei Sorokin, director-geral da Basya Services, que actua no controlo de pestes, admitiu à imprensa internacional que possui há anos um contrato com o governo para “capturar e eliminar” cães e gatos de rua, tendo recebido ordens para intensificar o extermínio para estas Olimpíadas de Inverno – sobretudo depois que um cão ter sido visto num ensaio da cerimónia de abertura do evento.
“Deus não permita que algo assim aconteça na verdadeira cerimónia de abertura do evento. Isso seria uma desgraça para todo o país”, disse Sorokin à agência de notícias internacional AP. As declarações do director-geral da empresa pararam por aí: ele recusou-se a contar quantos bichos já foram assassinados ou como foram mortos, alegando “segredo comercial”.
Este caso não é virgem. Em 2012, meses antes do Europeu de futebol, a Ucrânia terá mandado matar cerca de sete mil cães abandonados.
Foto: erix! / Creative Commons