Teste de ADN revela cor do cabelo e dos olhos dos nossos antepassados



Um teste de ADN chamado HIrisPlex tem sido usado para identificar a cor dos olhos e do cabelo de humanos mortos há até 800 anos. O método já se tinha revelado valioso para a polícia e para os peritos forenses na identificação de restos mortais recentes, mas demonstrou agora ser também eficaz para dentes e ossos com centenas de anos.

Apesar de ser apenas uma curiosidade que não está directamente relacionada com o desenvolvimento sustentável, esta é a prova que a investigação – seja ela de que tipo for – pode chegar a resultados muito interessantes. Neste caso, a equipa de investigação acredita estar perante um sistema “adequado, suficientemente sensível e robusto” para prever com sucesso a cor dos olhos e do cabelo a partir de restos de esqueletos, tanto antigos como recentes.

“As nossas descobertas realçam o sistema HIrisPlex como uma ferramenta promissora no futuro trabalho forense que envolva restos mortais, incluindo estudos de ADN antigo, para a descoberta das características físicas de indivíduos mortos”, explica a equipa responsável pelo projecto.

Entre os restos mortais analisados estão os do general polaco Wladyslaw Sikorski, herói da Segunda Guerra Mundial. Através desta técnica, confirmou-se o seu aspecto – segundo os testes, há 99% de certeza de que o general tinha olhos azuis e 69,5% de que o seu cabelo era loiro claro.

Sikorski foi Comandante-chefe das Forças Armadas polacas e primeiro-ministro do governo polaco no exílio, até ser morto num acidente de avião em Gibraltar, em 1943. Relatos da época descreviam-no como tendo o cabelo loiro e os olhos azuis, mas não existem fotos suas a cores – apenas um retrato pintado após a sua morte.

Wojciech Branicki, do Instituto de Pesquisa Forense e da Universidade Jagiellonian, em Cracóvia, foi quem conduziu este estudo. Ele garante: “Este sistema pode ser usado para resolver controvérsias históricas, para as quais não existem fotografias a cores ou outros registos”.

O estudo, realizado por investigadores da Polónia e da Holanda, foi publicado na revista Investigative Genetics.





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