Google recorda hoje 374º aniversário de Nicolas Steno
O Google homenageia esta quarta-feira Nicolas Steno através da sua habitual transformação do símbolo na sua página principal. O cientista dinamarquês nasceu há 374 anos e, apesar de não ser uma figura imponente na História para o comum mortal, foi um pioneiro nos campos da geologia e anatomia. A característica principal da sua personalidade residia no facto de não aceitar qualquer coisa só porque se encontrava escrita num livro, preferindo investigar por conta própria.
Assim, numa época onde muitos acreditavam que os fósseis cresciam naturalmente nas rochas ou haviam caído do céu ou da Lua, Steno descobriu, analisando os dentes de um tubarão, que estes eram muitos semelhantes a esses objectos encontrados “enterrados” dentro de formações rochosas, concluindo que um objecto sólido poderia vir a ser encontrado dentro de outro objecto sólido. A sua pesquisa não se concentrou apenas naquilo que hoje definimos como fósseis, mas também cristais, veias, minerais, inscrustações e até camadas de rocha inteira ou estratos.
Inicialmente, contudo, dedicou-se ao estudo da anatomia, focando o seu trabalho sobre o sistema muscular e na natureza da contracção muscular. Na altura, utilizou a geometria para mostrar que um músculo em contracção altera a sua forma, mas não o seu volume. A Steno atribui-se ainda a definição da lei da sobreposição e dos princípios de horizontalidade original e continuidade lateral: os três princípios básicos da estratigrafia. O doodle do Google recorda precisamente esse importante avanço para a geologia através da investigação de Nicolas Steno.
O que comprova a sua natureza inquieta é o facto de se ter convertido ao catolicismo, apesar de ter sido criado na fé luterana. Enquanto estudava em Florença e após estudos teológicos, decidiu que a Igreja Católica era a “autêntica igreja”. Por esse motivo, tornou-se bispo, acabando por abandonar, de forma gradual, a Ciência.
Nicolas Steno morreria após muito sofrimento em Schwerin, na Alemanha, em 1686.